Uma organização moderna está sempre orientada por objetivos e metas, que, na realidade, são o foco do seu desenvolvimento. Dentro do processo de cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos, as empresas podem, muitas vezes, se defrontar com algumas dificuldades, em virtude de uma miríade de variáveis. Quase todos estes problemas de que impactam na gestão empresarial apresentam reflexos na área financeira de uma empresa.
A administração de uma organização implica numa constante tomada de decisões, com o objetivo de alinhar os objetivos e metas com o processo de tomada de decisões. A continuidade ou o crescimento de qualquer negócio dependerá dos resultados auferidos pelas decisões tomadas pelos seus administradores. Dentro desse contexto da tomada de decisões, o papel da administração financeira é importantíssimo como suporte para a identificação da melhor opção a ser considerada.
Como exemplo, podemos citar a implantação de um projeto de ampliação e/ou modernização dos pontos de vendas, que apesar de estarem diretamente relacionadas com a área “comercial”, afetam diretamente à função financeira, envolvendo o investimento de recursos com o objetivo de se elevar receitas ou de se reduzir custos.
As decisões de investimentos dizem respeito à utilização eficiente de recursos na atividade de uma empresa. Envolve o processo de identificação, avaliação e seleção de alternativas de investimentos. Uma empresa requer investimentos em ativos, com os quais serão gerados os produtos e serviços ofertados ao mercado. Além das imobilizações existe o investimento operacional no giro das operações. A transformação de matérias-primas ou a aquisição de produtos para revenda provocam gastos diretos e indiretos. Os estoques, assim como as contas a receber provenientes das vendas a prazo, representam investimentos que a empresa realiza no seu giro.
As decisões de financiamentos estão relacionadas com a seleção adequada das fontes de recursos a serem aplicadas nos ativos da empresa. Os recursos são transferidos para a empresa na forma de capital de terceiros ou capital de risco. As obrigações contraídas com terceiros implicam em prazos e cobrança de juros. O capital de risco corresponde ao montante de recursos aportados pelos acionistas mais a retenção dos lucros gerados.
Algumas considerações devem ser levadas em conta quando das decisões que envolvem o ambiente financeiro das empresas, quais sejam:
- Que estratégia de investimento a longo prazo deve ser adotada?
- É interessante a substituição de equipamentos antigos por outros mais modernos?
- Vale a pena adquirir o controle de uma empresa já existente?
- A empresa deve elevar seus estoques?
- A empresa deve conceder prazos maiores para seus clientes ou vender a vista?
- É interessante comprar a prazo ou pagar a vista e conseguir um desconto?
- Quais são os limites para operações bancárias?
- Qual é o custo de capital de terceiros?
- É melhor financiar no longo prazo ou no curto prazo?
- É melhor reter o lucro ou distribuí-lo? Em quais proporções?
- O reinvestimento de lucros seria suficiente para atender às necessidades de recursos próprios?
- Qual deve ser a estrutura de financiamento ideal?
Cabe à administração financeira conseguir os recursos necessários para financiar a estrutura de investimentos da empresa ao mais baixo custo possível, além de financiar a continuidade operacional do negócio nas melhores condições negociadas a título de prazos, juros, datas de pagamento, garantias exigidas, etc.