As empresas brasileiras vêm sofrendo um verdadeiro “dilema” em seus princípios e conceitos que compõem a forma como elas são geridas. Na busca do maior ganho de competitividade, o melhor é “SAIR DA CAIXINHA”, quebrando as barreiras mentais acumuladas de muitos anos, ou insistir no “EU SEMPRE FIZ ASSIM”, mantendo os vícios administrativos e negligenciando as novas exigências da realidade empresarial?
A forma de conduzir os negócios está exigindo um rompimento com as práticas administrativas arcaicas e comprovadamente inadequadas a uma gestão que deve ser focada em resultado. As únicas empresas que não fecham as portas são aquelas que geram resultados positivos, frutos de uma boa gestão. Não importa o tempo de mercado, o portfólio de produtos e serviços, a qualificação da mão-de-obra, entre outros. Se o negócio não gerar bons resultados, o momento da crise chegará mais cedo ou mais tarde. Logicamente, não estamos afirmando que o leque de serviços e produtos oferecidos aos consumidores, a capacitação profissional, entre outros, não são necessários a um ambiente de boa gestão, estamos declarando na verdade que, apesar de possuir tudo isso, se não experimentar o lucro, vai provar dos maus momentos em determinada ocasião. A prova inconteste disso é que empresas com 20, 30, 40 anos de experiência fecharam as portas por conta da Pandemia.
Mas, como mudar após anos e anos de práticas administrativas antigas e ditas como eficazes? Sem dúvida, devemos reconhecer também que toda mudança gera um desconforto em seu cerne. Todavia, é melhor o medo da mudança ou o conforto temporário do antigo e decadente? Com certeza, ignorar o fato da necessidade de mudanças é mais perigoso e se assemelha com um atestado prematuro de desleixo empresarial.
Analise os tópicos abaixo e julgue se isso acontece na sua joalheria:
- Desprezo aos meios digitais;
- Canal ineficiente de comunicação dentro e fora da empresa;
- Ações baseadas no “achismo”;
- Processos absolutamente informais nas tomadas de decisão;
- Postura de “bombeiros” ou “quebra-conserta”;
- Ideias enraizadas em métodos que deram certo no passado;
- Inexistência total ou parcial de processos de capacitação dos colaboradores;
- Política feudal;
- Informática utilizada apenas para o “básico” (quando existe);
- Falta de planejamento no médio e longo prazo;
- Exclusão dos colaboradores no processo de tomada de decisão;
- Ausência de canal de sugestões para melhorias;
- Lucros lastreados em sonegação de impostos;
- Clientes insatisfeitos e sem atenção.
Esses fatores (entre outros) denunciam que a empresa está com a competitividade fragilizada, indicando que mudar é o melhor caminho. É preciso estar ciente de que o mercado exigirá cada vez mais gestores que tenham a capacidade de repensar a sua postura, os caminhos a serem seguidos pelas empresas e, acima de tudo, ter a capacidade de identificar ameaças a serem contornadas e oportunidades a serem aproveitadas no presente e no futuro.
Mudar é indispensável, mas cuidado com as posturas de revolucionário ou rebelde sem causa, pois isso tem poucas chances de sucesso. É necessário revolucionar de forma planejada e consciente para alcançar o maior grau de engajamento possível. Se as empresas não planejarem seu futuro, outros o farão por elas, e o pior, contra elas.
As oportunidades existem para quem é ágil no reconhecimento de quais providências devem ser tomadas, gerando a vantagem competitiva tão almejada. Então, mãos à obra, afinal, as palavras de ordem atualmente são: liderança e mudança comportamental.
Caso você ache que isto tudo é bobagem, a concorrência agradece.