A pergunta que não quer calar: como se comportará a Economia em 2021?
A resposta para esse questionamento passa por algumas expectativas em relação ao futuro próximo, considerando os aprendizados e legados que a pandemia trouxe para o varejo brasileiro em um ano sem precedentes. A vacina contra a Covid-19 está no meio dessa questão, trazendo otimismo para um futuro não muito distante.
Ainda existe uma incerteza muito grande sobre a curva da pandemia e como ela se comportará após o programa de vacinação em massa no Brasil. Existem dúvidas que também pairam sobre a eficácia dessas vacinas, impactando diretamente no destravamento de setores da economia que ainda sofrem com a pandemia, causando uma demanda reprimida sobre esses negócios.
O primeiro trimestre de 2021 ainda será repleto de desafios, principalmente em comparação ao trimestre do ano de 2020, período que antecede a chegada da pandemia no Brasil. A previsão para o segundo trimestre é melhor, apresentando prognóstico de crescimento, principalmente pela comparação com o intervalo entre abril e junho de 2020 – meses mais severos do isolamento social e um período em que a economia nacional esteve em seu pior momento.
Já para o segundo semestre de 2021, o panorama é muito mais otimista, levando em conta o potencial de recuperação da economia brasileira. Há grandes chances de um “efeito rebote” em categorias reprimidas, aquelas que mais sentiram os efeitos negativos da pandemia. Já em outros setores, os que se beneficiaram no mesmo período em questão, haverá uma tendência de estabilização.
Diante desse cenário esperado, quais as providências que o setor varejista deve tomar para mitigar os impactos provenientes desse ambiente ainda atípico, incluindo, obviamente, o mercado joalheiro varejista? De que forma essas providencias podem tornar-se oportunidades de melhoria? As respostas para esses questionamentos passam por três vertentes importantíssimas, quais sejam: Pessoas, Produtos e Processos.
- PESSOAS: Para se atingir os objetivos e as metas da empresa, é necessário ter pessoas alinhadas e competentes (com conhecimentos, habilidades e atitudes – o famoso CHA), posicionadas em locais adequados (nos cargos corretos e com as competências necessárias para que possam desempenhar bem suas funções) e que incorporem os valores da empresa. As competências exigidas devem estar alinhadas com a filosofia da organização, reforçando o valor da marca (branding). Nesse momento atípico que as empresas estão vivendo, as pessoas devem cumprir um papel importante no alcance dos objetivos e das metas estabelecidas para as organizações. A eficácia do “como fazer” vai depender diretamente de “quem” vai fazer. A qualidade do atendimento é um diferencial em qualquer empresa. Isso demonstra inquestionavelmente a importância das pessoas no sucesso dos negócios. Pessoas bem treinadas geram bons resultados;
- PRODUTOS: É hora de adequar o portfólio de produtos no PDV para oferecer a um consumidor que, mais do que nunca, está em busca da qualidade associada a preço (isso é vender valor). As necessidades dos clientes devem ser integralmente atendidas, além, obviamente, da busca pelo diferencial competitivo. Isso não se alcança por mera intuição, mas sim por um processo observacional aliado a pesquisas e dados na detecção das características mercadológicas necessárias para aquele tipo de produto comercializado. Trabalhe para que o seu produto fale sobre você e sobre sua empresa. Deixe que as pessoas percebam através do seu produto que há qualidade naquilo que você comercializa e que, através desses produtos, você estará ajudando o seu cliente a ter sucesso (atendendo aos anseios dele);
- PROCESSOS: Avalie os processos da organização, identificando se os envolvidos sabem, de fato, realizá-los. A relação entre custos e receitas devem ser considerados nessa avaliação, pois os resultados alcançados definirão a eficiência e a consistência deles. O “como fazer” deve ser realizado com o menor custo possível, sem, obviamente, comprometer a qualidade nem os resultados esperados das tarefas. Atualmente, os processos que envolvem o mundo digital estão ganhando força na rotina do dia a dia das empresas. Conhecer a respeito desses processos e estabelecer resultados ligados diretamente a eles, é condição indispensável para quem deseja expor sua marca no mercado digital. Estabeleça estratégias digitais, ponha-as em prática e defina resultados esperados para cada uma delas.
Os líderes devem pilotar essas três vertentes com a máxima competência, com uma visão ampla da empresa, buscando reconhecer a necessidade de manter, capacitar ou mudar pessoas, processos e/ou produtos. Essas ferramentas, sendo bem aplicadas, vencerão os problemas gerados pelo atual ambiente atípico, além de preparar e capacitar as empresas para os desafios que virão pela frente.